Os mercados regiram negativamente à decisão dos gregos de não aceitarem a imposição de novas medidas de austeridade para renovarem o programa de resgate financeiro.
As bolsas europeias tiveram as maiores quedas, principalmente nos países da periferia da zona do Euro, onde as ações dos bancos amplificaram as quedas. O índice FTSE-MIB (Milão) fechou em queda de 4,03%, aos 21.600,72 pontos. O índice IBEX-35 (Madri) perdeu 2,22%. Em Paris, o índice CAC-40 cedeu 2,01% e em Frankfurt, o DAX fechou em queda de 1,52%. Em Nova Iorque a queda foi menor. O S&P caiu 0,39% e o Dow Jones perdeu 0,26%
O rendimento do bônus norte-americano de 10 anos caiu para 2,2868, queda de 10 bps, evidenciando a busca por segurança que caracterizou a sessão. As commodities tiveram queda mais uma vez, com destaque para o petróleo. O WTI caiu para 52,53 na Nyse (queda de 7,7%).
Na Bovespa, os papéis que que possuem maior representação no índice foram os mais penalizados (Petrobras, Vale e bancos). Na ponta de cima, as ações do setor siderúrgico mostraram recuperação depois da forte queda na última semana, apesar da nova queda no preço do minério de ferro.
No final, o Ibovespa terminou o dia aos 52.149 pontos, em baixa de 0,70%. Na mínima, marcou 51.683 pontos e, na máxima, 52.679 pontos. No mês, acumula perda de 1,75% e, no ano, alta de 4,28%. O giro financeiro total foi de R$ 5,37 bilhões. No último dado disponível, a Bovespa teve ingresso de capital externo de R$ 213,52 milhões na última quinta, quando o Ibovespa teve alta de 0,66% e o giro total foi de R$ 5,442 bilhões. O saldo de recursos externos no ano é um superávit de R$ 21,770 bilhões.
Nos juros, houve um leve ajuste para cima nos contratos DI, de 0,17% em média nos contratos mais líquidos (até 2019). Na comparação com a semana atrás, entretanto, a queda chega a 2% nos contratos mais longos.
Indicadores
Nos EUA, o índice de atividade dos gerentes de compras do setor de serviços (ISM), subiu para 56,0 em junho, de 55,7 em maio. O índice de tendência de emprego do Conference Board, subiu 4,8% em junho ante igual mês do ano passado.
No Brasil, o relatório Focus mostrou redução na inflação projetada para 2016, para 5,45%, de 5,50% nas semanas anteriores. Apesar de pequena, a alteração foi importante porque sinaliza uma expectativa de convergência para a meta. Dados sobre a produção de veículos, divulgados pela Anfavea, mostrou uma redução de 14,8% em junho na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Agenda da semana
Terça feira: Produção Industrial (Maio) da Alemanha, Reino Unido e nos EUA, relatório (Junho);
Quarta: IPC (Junho) na China; nos EUA ata do FOMC;
Sexta: Sentimento do consumidor (Junho) no Japão e Produção industrial (Maio) na França e Itália.
Confira no anexo o relatório na íntegra sobre o comportamento do mercado em 06.07.2015, elaborado por FÁBIO CESAR CARDOSO, analista de investimentos do BB INVESTIMENTOS